Ao conceder entrevista a rádios da Bahia, Lula comentou a alta no preço dos alimentos. Atribuiu o aumento da inflação no setor, de 7,69% em 2024, à alta do dólar, ao aumento das exportações e ao que chamou de “arapuca” do Banco Central, acrescentando:“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver a consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque, senão, vai estragar”.

E o presidente não parou. “O povo não pode ser extorquido, não pode ser extorquido. As pessoas não podem tirar proveito porque o povo está comprando. A pessoa sabe que a massa salarial cresceu, então aumenta o preço, a pessoa sabe que o salário mínimo aumentou, então aumenta o preço. Não. É preciso que se tenha responsabilidade em todos os setores da cadeia produtiva, ninguém pode explorar ninguém”, disse Lula. Essa declaração foi ironizada por parlamentares de oposição. “Se o arroz está caro, é só não comer. Se o gás está caro, é só não cozinhar. Se a gasolina está cara, é só ficar em casa. Nada de cortar gastos nos ministérios, colocar gente competente nas estatais ou gerir melhor a economia. Para o governo, basta que os brasileiros parem de comer, beber e se deslocar que os preços caem”, publicou em rede social o senador Ciro Nogueira, presidente do PP. “Segundo Lula, basta a população não comprar produto caro que a inflação será reduzida! Sinal de que o Governo perdeu o controle e não sabe o que fazer mais. A promessa de campanha não era de picanha e cerveja barata para todo mundo?”, publicou o senador Sérgio Moro.