O Orkut, famosa rede social do Google nos anos 2000, voltou a ser assunto no X nesta semana após brasileiros relembrarem as comunidades que uniam pessoas com interesses comuns.

As comunidades variavam de piadas a temas populares como “Eu Odeio Acordar Cedo”, que tinha milhões de membros.

Por coincidência, Orkut Buyukkokten, fundador da rede social, acompanhou do Brasil a repercussão. Ele estava no país para participar do “Rio Innovation Week”.

Buyukkokten revelou que pretende relançar o Orkut em breve, destacando o desejo de resgatar a autenticidade das redes sociais. “Acho que todos nós queremos algo como o Orkut de volta. As pessoas se lembram das comunidades que construíram e do espírito autêntico”, disse.

Mais que nostalgia

O site oficial do Orkut, extinto em 2014, está reativado desde 2022 com uma mensagem em inglês e português avisando que algo novo está sendo construído.

O anúncio original foi feito dois dias após Elon Musk fechar um acordo para comprar o antigo Twitter por US$ 44 bilhões, o que dividiu opiniões e gerou pedidos para a volta do Orkut.

Não por acaso, Orkut Buyukkokten criticou as redes sociais atuais, como Facebook, X (antigo Twitter), TikTok e Instagram, por priorizarem engajamento sobre segurança, lucrando com negatividade e ódio. “As mídias sociais são tão tóxicas agora”, afirmou.

“Se você pensar no ‘orkut.com’, era tudo sobre unir as pessoas e eu sei que o que nos une é o que temos em comum. Então, no Orkut, todos tiveram conversas maravilhosas sobre coisas que amavam e compartilharam, riram e se divertiram muito”, continuou Buyukkokten.

“E é por isso que todos se lembram do Orkut: como um lugar onde encontraram seu melhor amigo, conseguiram o emprego dos sonhos, se apaixonaram, se casaram e criaram filhos juntos. E eu acho que podemos trazer esse engajamento autêntico e genuíno de volta.”

Planos para o futuro

O criador do Orkut revelou um pouco de seus planos para a volta da rede. “Estou pegando toda a experiência que tive com Orkut, Hello, para lançar uma nova rede social, onde vou trazer toda a positividade e todas as experiências que tive com todos esses”, disse.

“Se você pensar sobre o conteúdo que é criado hoje, ele realmente não agrega valor. Você tem adolescentes, geralmente passando de três a sete horas no TikTok. E o que eles realizam no final? Eles não realizam nada. Eles não estão fazendo novos amigos, não estão criando novas conexões, mas estão deprimidos e solitários”, destacou.

Ele acrescentou: “A chave é usar ferramentas como IA e aprendizado de máquina. Podemos trazer essa autenticidade e conexão de volta à sociedade por meio das mídias sociais se otimizarmos os algoritmos”, afirmou.