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A energia e a atitude do rock’n’roll podem ser grandes aliadas da saúde mental e do equilíbrio emocional. Essa é a avaliação de especialistas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que compartilharam como a música impactou suas vidas e destacaram os benefícios desse estilo musical para o bem-estar.
Para o médico intensivista Hermeto Macario Amin Paschoalick, superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), a música tem um papel essencial na manutenção da saúde mental.
“Ouvir música é uma forma de reorganizar pensamentos, reduzir o estresse e evitar o esgotamento”, afirma. Apaixonado pelo rock desde a infância, Hermeto cresceu ouvindo Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd, Mutantes e Raul Seixas. Como músico, formou a banda Cueio Limão, com a qual gravou três discos e realizou turnês nacionais.
O guitarrista e psiquiatra Thiago Pauluzi Justino, gerente de Ensino e Pesquisa do HU-UFGD, também cresceu ao som de Rolling Stones, Deep Purple e Pink Floyd, aprendendo guitarra de forma autodidata aos 10 anos. Para ele, o rock é mais do que música: “Ele sempre esteve ligado ao espírito crítico, à inovação e à quebra de barreiras sociais e raciais”. Hoje, ele e Hermeto mantêm a banda Sinapse Nervosa, onde encontram um refúgio terapêutico diante das exigências do ambiente hospitalar.
A ciência do som: rock e neurologia
O neurologista Clecio Godeiro Jr., do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), destaca que a música impacta profundamente o cérebro, estimulando áreas ligadas à emoção, memória e movimento.
O rock, com sua batida marcante, ativa o sistema de recompensa cerebral, liberando dopamina — neurotransmissor ligado ao prazer e bem-estar. Além disso, a música pode auxiliar em tratamentos neurológicos, como no caso da doença de Alzheimer, ajudando a evocar memórias e melhorar a comunicação.
Música e empatia: um caminho para o bem-estar
O urologista Rogério Fraga, preceptor da Residência Médica de Urologia da UFPR, reforça que o ato de ouvir música fortalece conexões neurais e aprimora a empatia. Vocalista da banda Uso Utópico, formada por médicos, ele acredita que o rock pode atuar como um importante suporte emocional.
O mesmo vale para o ginecologista Leonardo Bezerra, da UFC, baixista da banda Rebento, criada durante a pandemia. Para ele, a música transcende o entretenimento: “Ela traz nostalgia, resgata emoções e dá voz à nossa história”.
Rock: um hino de resistência e renovação
Mais do que um símbolo de rebeldia, o rock representa expressão, liberdade e renovação emocional. Comprovadamente benéfico para a saúde mental, ele pode ser um caminho para aliviar o estresse, fortalecer a memória e estimular o cérebro.
E para os apaixonados pelo gênero, vale lembrar: o rock não envelhece, ele evolui junto com a gente.